About Me

My photo
thiagomed@gmail.com DRIVER DETAIL -- THIAGO MEDEIROS One of the most dominant competitors in Indy Racing League Indy Lights history, Medeiros switched from rear-engine cars to those with the engine in front for 2006 (at least for most of the season), competing in the USAC Silver Crown Series – the second South American driver in history to race in the series. The amiable Brazilian earned two top-five finishes in just seven starts, including a season-best fourth at Iowa Speedway in his rookie season in the Silver Crown Series. Medeiros holds many records in Indy Lights competition, including consecutive victories and poles, wins and poles in a season, and consecutive laps led and laps led in a season. Career Highlights (Through 2006 Season) · 2004 Indy Racing League Indy Pro Series champion · Best USAC Silver Crown Series Race Finish: 4th (Iowa, 2006) · Career USAC Silver Crown Series Starts: 7 · One (1) career Indianapolis 500 start

Saturday, February 19, 2011

Ser Piloto

Ser PilotoTo da Aviacao o conhecem, e a


Os helicópteros possuem, normalmente, quatro comandos de vôo: manche cíclico ou simplesmente cíclico; manche coletivo ou simplesmente coletivo; pedais; e manete de combustível ou simplesmente manete.

Pilotar um helicóptero é agir, coordenadamente, sobre esses comandos de forma a conduzir a aeronave de uma maneira segura e com uma finalidade predefinida.

O piloto é quem comanda a aeronave, e não ao contrário, e é por isto que ele é chamado de Comandante.

A regra básica é antecipar-se às reações da aeronave; não se deixar surpreender pelas reações dela. Apesar de o helicóptero, às vezes, parecer ser uma coisa viva, o ser vivente a bordo é, sempre, apenas o piloto. Por isto, somente a ele cabem as ações. Ao helicóptero somente é permitido reagir às ações do piloto!

O helicóptero necessita de cuidados no manuseio e respeito, amor e carinho na utilização. Tratado desta maneira, ele retribuirá com vida longa, proteção à sua vida e docilidade como um animalzinho de estimação. Tratado sem esta preocupação, ele transforma-se em animal feroz e, ao mesmo tempo, frágil que adoece com freqüência, dá respostas mal-criadas e poderá até machucá-lo gravemente.

No começo da convivência, (é até um pouco desanimador), parece que o helicóptero é que o leva. Com o tempo e com o desenvolvimento da habilidade, você vai descobrindo, aos poucos, que é você que leva o helicóptero para passear. Mais um pouco, e você descobre que o helicóptero é como uma roupa que você veste e que, de início, é um tanto desconfortável, mas que com o tempo vai, devagarinho, ajustando-se ao seu corpo. As etiquetas param de espetá-lo aqui e ali; os sapatos não apertam mais os pés, provocando calos; as calças não dependem mais de cintos apertados para não ficarem escorregando. É, simultaneamente, como uma roupa tão velha que você quase nem percebe mais que está usando e tão nova que continua vistosa o suficiente para você ter orgulho de exibi-la em qualquer ambiente, por mais sofisticado que seja.

Mas há, ainda, um estágio superior em que você e a aeronave transformar-se-ão em uma entidade única. O helicóptero não tem mais o trem de pouso. Você é que adquiriu pés mais robustos e que, mesmo assim, você os pousa, com o mesmo cuidado para não machucá-los, em locais inóspitos ou em lindas paragens. O rotor de cauda é apenas uma extensão do seu corpo e que lhe dá controle e dirigibilidade. O rotor principal é como o pulmão que você estufa e infla o seu espírito, fazendo você chegar até onde a sua imaginação permitir. O motor e os sistemas (hidráulico, elétrico, combustível, etc.) que o fazem funcionar e o resto do helicóptero são o seu organismo que processa os alimentos e produz e consome a energia que lhe dá vida. O painel de instrumentos é o seu sistema perceptivo, os seus cinco sentidos! O radar permite ver “lá longe”; cada ponteirinho que “treme”, cada “luzinha” que “pisca”, uma buzina que toca pode ser uma simples vertigem sem conseqüências, uma mera dor de barriga ou o prenúncio de um enfarte fulminante.

Mas não se iluda! Há quem diga que o motor é o coração do helicóptero. Pode até ser! Mas é um coração sem emoções. Se assim for, este novo ente tem dois corações: um que faz funcionar e outro, o seu, que se emociona, sofre, ama, tem ilusões, angústias e alegrias. Nesta hora, temos de voltar lá atrás e começar a separar as coisas de novo: você e a máquina. As emoções são por sua conta e é necessário, mesmo fundamental, que você as controle.

Ah!, há, ainda, mais uma coisa e de transcendental importância! Esta “entidade” (meio você, meio máquina) só tem um cérebro! O seu. Quem pensa é você. E, por isto, quem analisa é você. E, definitivamente, quem decide é você. Para isto, é necessário planejar. Estude. Compreenda. Conheça. No aprendizado da pilotagem, é preciso automatizar muitas ações. Isto se faz com a mentalização dos procedimentos. É o que chamamos de “vôo mental”. Você ainda vai ouvir falar muito disto!

Pilotar tem muito de técnica e um pouquinho de arte. Como técnica, significa que todos podem aprender. Mas vai exigir muito estudo, dedicação e esforço. E vale a pena, porque o desenvolvimento da técnica permite fazer “bem-feito”. Neste caso, bem-feito significa com eficiência e, acima de tudo, com segurança. A parte relacionada com o lado “arte” da pilotagem também é muito interessante porque é ela que diferencia um piloto do outro. É o dom que cada um traz consigo desde o nascimento. O aperfeiçoamento da arte é que permite fazer o “belo”.

João Bosco Ferreira

No comments: